“Um não sei quê, que nasce não sei onde,/Vem não sei como, e dói não sei porquê.” Luís de Camões

"Na dor lida sentem bem,/Não as duas que êle teve,/Mas só a que êles não têm." Fernando Pessoa

"Lividos astros,/Soidões lacustres.../Lemes e mastros.../E os alabastros/Dos balaustres!" Camilo Pessanha

"E eu estou feliz ainda./Mas faz-se tarde/e sei que é tempo de continuar." Helder Macedo

"Conchas, pedrinhas, pedacinhos de ossos..." Camilo Pessanha

“Vem, vagamente,/Vem, levemente,/Vem sozinha, solene, com as mãos caídas/Ao teu lado, vem” Álvaro de Campos

"Chove nela graça tanta/que dá graça à fermosura;/vai fermosa, e não segura." Luís de Camões

domingo, 17 de janeiro de 2016

O ponto certo

    Com argumento de Sveinbjörn I. Baldvinsson e realização de  Reynir Lyngdal, a mini-série policial  islandesa "Meurtre au pied du volcan"/"Hrauniõ" (2014) é um trabalho exemplar sobre o género e o formato, com tensão permanente, reviravoltas inesperadas na narrativa, personagens credíveis e grandes actores sempre justos.
                 
   Depois do crash bolsista de 2008, um banqueiro é assassinado e o inquérito levado a cabo pelo inspectorHelgi Marvin Runarsson/ Björn Hlynur Haraldsson, acolitado pela jovem inspectora Gréta/Heiða Rún Sigurðardóttir, leva-o de surpresa em perigo até ao desnorte, antes de começarem a deslindar o fio à intrincada meada, que envolve o trafico internacional de droga e um caso de pedofilia. 
   Com uma realização justa, nas encostas de lava de uma terra vulcânica e gelada o perigo acaba por acossar a família do inspector, que tem, ele também, o seu passado, e o final está superioremnte dirigido e interpretado.                
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    De um país, a Islândia, com uma cinematografia de que pouco conheço, esta mini-série inteiramente convincente dá a medida das capacidades instaladas no trabalho para televisão. No ponto certo da intriga e do suspense é admirável, dirigida por um realizador que já fez duas longa-metragens para o cinema. Passou no Arte na passada quinta-feira.

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