Porque não estou de maneira nenhuma disposto a continuar a expor-me diariamente aos dislates e ao discurso odioso, desvairado, errático e politicamente muito perigoso, do candidato republicano às próximas eleições presidenciais americanas, que felizmente não conta com apoio de todos no partido respectivo, deixei de ver durante este mês de Agosto os canais de televisão em língua inglesa que costumava ver até ser conhecido o resultado eleitoral. A eles regressarei, se regressar, depois disso.
Devido ao seu apoio vergonhoso a tal candidato, também não escreverei aqui sobre o mais recente filme de Clint Eastwood, com estreia em Portugal anunciada para a próxima semana, senão depois das eleições de Novembro, mesmo se penalizando assim injustamente Tom Hanks, que não o apoia. Se escrever.
Fixo residência permanente no Arte, que tem noticiários curtos duas vezes por dia, grandes documentários, séries e filmes de ficção, um canal cultural onde trabalha gente inteligente como Élisabeth Quin, agora regressada ao 28 minutes, os seus "permanentes" e os seus convidados sempre muito bons, o que tem a vantagem suplementar de me poupar a questões estúpidas como as colocadas por uma "locutora profissional" da BBC World News a um seu colega da BBC Culture sobre a escolha, promovida por esta, dos 100 melhores filmes do século XXI por 177 críticos de cinema de todo o mundo: porque não consta dessa lista nenhum filme do Harry Potter? porque é considerado o melhor "um filme difícil" como "Mulholland Drive"? (de David Lynch, 2001 - ver "Tudo é ilusão", de 27 de Fevereiro de 2012). Também em Inglaterra, e até em especial pós-Brexit (depois de terem feito a escolha errada no referendo os ingleses ficaram todos muito nervosos), a televisão continua a ser "o reino da estupidez".
Estou certo de que os eleitores americanos saberão mais uma vez dar provas do seu discernimento político, fundamental numa eleição em que são confrontados com os limites que à democracia é completamente interdito/forbiden/défendu/verboten transpor desde o ano de 1933 na Alemanha. As simple as that.
Estou certo de que os eleitores americanos saberão mais uma vez dar provas do seu discernimento político, fundamental numa eleição em que são confrontados com os limites que à democracia é completamente interdito/forbiden/défendu/verboten transpor desde o ano de 1933 na Alemanha. As simple as that.