“Um não sei quê, que nasce não sei onde,/Vem não sei como, e dói não sei porquê.” Luís de Camões

"Na dor lida sentem bem,/Não as duas que êle teve,/Mas só a que êles não têm." Fernando Pessoa

"Lividos astros,/Soidões lacustres.../Lemes e mastros.../E os alabastros/Dos balaustres!" Camilo Pessanha

"E eu estou feliz ainda./Mas faz-se tarde/e sei que é tempo de continuar." Helder Macedo

"Conchas, pedrinhas, pedacinhos de ossos..." Camilo Pessanha

“Vem, vagamente,/Vem, levemente,/Vem sozinha, solene, com as mãos caídas/Ao teu lado, vem” Álvaro de Campos

"Chove nela graça tanta/que dá graça à fermosura;/vai fermosa, e não segura." Luís de Camões

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Vasco Graça Moura (1942-2014)

      Um grande senhor da cultura portuguesa em poesia, ficção e ensaio, que aqui recordo e a
cuja memória na despedida presto sentida homenagem:  
                              
                                      
          "é uma porção de terra rodeada
           de amor por todos os lados?
           uma porção de amor rodeada
           de terra por todos os lados?
           rodeada de água? 
           rodeada?
           ah, todo o amor é árduo a humano trato
           e se interroga e ninguém
           é uma ilha
           onde se caça. apenas
           se conhece asperamente
           seu rodeado mapa de coral. apenas
           contra a morte
           a ilha, a redondilha."

           Vasco Graça Moura, o atoll dos amores, in "Os Rostos Comunicantes", 1984.

Sem comentários:

Enviar um comentário