“Um não sei quê, que nasce não sei onde,/Vem não sei como, e dói não sei porquê.” Luís de Camões

"Na dor lida sentem bem,/Não as duas que êle teve,/Mas só a que êles não têm." Fernando Pessoa

"Lividos astros,/Soidões lacustres.../Lemes e mastros.../E os alabastros/Dos balaustres!" Camilo Pessanha

"E eu estou feliz ainda./Mas faz-se tarde/e sei que é tempo de continuar." Helder Macedo

"Conchas, pedrinhas, pedacinhos de ossos..." Camilo Pessanha

“Vem, vagamente,/Vem, levemente,/Vem sozinha, solene, com as mãos caídas/Ao teu lado, vem” Álvaro de Campos

"Chove nela graça tanta/que dá graça à fermosura;/vai fermosa, e não segura." Luís de Camões

sábado, 2 de julho de 2016

Yves Bonnefoy (1923-2016)

     Foi o mais importante e o mais influente poeta francês contemporâneo. Com influência inicial dos surrealistas, com os quais conviveu (nomeadamente André Breton) e dos quais se separou. Também tradutor de Shakespeare, crítico de arte e professor no Collège de France, o seu pensamento multímodo procurava a unificação da experiência do mundo na poesia.
    Poeta admirável com formação filosófica, aqui lhe presto a minha sentida homenagem neste momento em que a sua morte teve muito escasso eco na imprensa portuguesa. Que eu saiba, em português existe apenas a sua biografia "Rimbaud", traduzida por Filipe Jarro (Cotovia, 2004).
   
                                       
     

     Le miroir

     "Hier encore
     Les nuages passait
     Au fond noir de la chambre.
     Mais à présent le miroir est vide.

     Neiger
     Se désenchevêtre du ciel."

     ("Début et fin de la neige", 1991)

Sem comentários:

Enviar um comentário