“Um não sei quê, que nasce não sei onde,/Vem não sei como, e dói não sei porquê.” Luís de Camões

"Na dor lida sentem bem,/Não as duas que êle teve,/Mas só a que êles não têm." Fernando Pessoa

"Lividos astros,/Soidões lacustres.../Lemes e mastros.../E os alabastros/Dos balaustres!" Camilo Pessanha

"E eu estou feliz ainda./Mas faz-se tarde/e sei que é tempo de continuar." Helder Macedo

"Conchas, pedrinhas, pedacinhos de ossos..." Camilo Pessanha

“Vem, vagamente,/Vem, levemente,/Vem sozinha, solene, com as mãos caídas/Ao teu lado, vem” Álvaro de Campos

"Chove nela graça tanta/que dá graça à fermosura;/vai fermosa, e não segura." Luís de Camões

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Uma bela exposição

    A exposição "Joan Miró - Materialidade e Metamorfose/Materiality and Metamorphoses", inaugurada no dia 1 de Outubro na Casa da Fundação de Serralves onde estará até 28 de Janeiro de 2017, é uma excelente mostra de uma colecção muito importante que vai ficar em Portugal e no Porto por decisão certeira do Estado português.
     De facto, o artista catalão (1893-1983) foi um nome maior do modernismo desde os anos 20 do Século XX, com um trabalho extraordinário desenvolvido ao longo de sete décadas durante experimentou sempre, do que esta oportuna exposição é uma amostra muito significativa num belíssimo espaço que implica a travessia dos magníficos e acolhedores jardins de Serralves. Pintor, escultor, ceramista, desenhador e gravador, Joan Miró, que trabalhou sobre diversos suportes e com diferentes materiais, foi uma das figuras maiores da arte moderna que é absolutamente indispensável conhecer.
                     http://www.comunidadeculturaearte.com/wp-content/uploads/2016/07/Casa_e_jardins_de_Serralves_4-e1469451922995.jpg
   O estudo do especialista Robert Lubar Messeri e as excelentes reproduções aconselham o catálogo, muito completo. Mas encontra-se também publicado em português "Esta é a cor dos meus sonhos - Conversas com Georges Raillard", de Joan Miró (Lisboa: 90º  Graus Editora, 2006) - o original francês é de 1977 e a edição espanhola, citada no catálogo, de 1978.
    Não percam de maneira nenhuma. Tirem pelo menos um dia para passar com esta exposição, e outras, em Serralves. Saibam apreciar a beleza criada pela mão humana mesmo quando ela vos desafia, e neste caso nem sequer precisam de ir a Roma, Paris, Londres ou Barcelona.

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