“Um não sei quê, que nasce não sei onde,/Vem não sei como, e dói não sei porquê.” Luís de Camões

"Na dor lida sentem bem,/Não as duas que êle teve,/Mas só a que êles não têm." Fernando Pessoa

"Lividos astros,/Soidões lacustres.../Lemes e mastros.../E os alabastros/Dos balaustres!" Camilo Pessanha

"E eu estou feliz ainda./Mas faz-se tarde/e sei que é tempo de continuar." Helder Macedo

"Conchas, pedrinhas, pedacinhos de ossos..." Camilo Pessanha

“Vem, vagamente,/Vem, levemente,/Vem sozinha, solene, com as mãos caídas/Ao teu lado, vem” Álvaro de Campos

"Chove nela graça tanta/que dá graça à fermosura;/vai fermosa, e não segura." Luís de Camões

domingo, 8 de maio de 2016

Abuse sempre

     Pedro Eiras é um escritor português muito interessante, tanto na ficção como no ensaio, em que como mais ninguém ousa e arrisca.
   Depois do excelente "Bach" (Assírio & Alvim, 2014), publicou já este ano "Cartas Reencontradas de Fernando Pessoa a Mário de Sá-Carneiro" (Assírio & Alvim, 2016) em que, como ele diz ao Jornal de Letras nº 1189, de 27 de Abril de 2016, assume "um certo abuso" em responder por Pessoa.
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    Em época de centenários que se percebe pretenderem capitalizar em termos de literatura e arte nacionais aquilo que claramente as excede, este livro é uma bela invenção sustentada e um belo achado, que traz novidade e irreverente inovação a partir do outro, o que fez questão de viver e morrer em Paris, que toma como destinatário
     Sem chocar o cânone mas desafiando-o. Apreciei e aconselho sem reservas.   

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