"Ilo Ilo", de Anthony Chen (2013), é a primeira longa-metragem deste realizador indonésio, que nos anos 90 do século passado nos conduz ao interior de uma família que vive sob pressão.
O pai, Teck/Tian Wen Chen, tem uma vida atribulada a jogar na bolsa, onde perde, a mãe, Hwee Leng/Yann Yann Yeo, está grávida mas continua a trabalhar, dispondo de uma empregada filipina, Terry/Angeli Bayani, para a ajudar nomeadamente com o filho, Jiale/Jia Ler Koh, que entre a casa e a escola faz trinta por uma linha.
Numa época de recessão regional, estreitam-se os laços entre Jiale e Terry enquanto as dificuldades dos pais dele se agravam, individualmente, um com o outro, com a empregada e com o filho.
A mãe tenta agarrar-se a uma promessa de salvação que lhe diz que "a esperança está em ti" mas nem assim consegue alívio para as suas dificuldades - a situação do marido agrava-se, os problemas com o filho avolumam-se.
Terminando com o parto, "Ilo Ilo" como que expele no seu final a tensão anterior, o que está bem visto e bem feito num filme que privilegia o ponto de vista feminino e tem argumento do próprio realizador. Uma muito promissora primeira longa-metragem, passou ontem no Arte.
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