"Exterminador: Genesys"/"Terminator Genesys", de Alan Taylor (2015), agarra nas personagens e nas narrativas dos filmes de James Cameron, feitos há mais de 25 anos ("O Exterminador Implacável"/"The Terminator", 1984, e "Exterminador Implacável 2: O Dia do Julgamento"/"Terminator 2: Judgement Day", 1991), para os recuperar numa nova narrativa partindo dos mesmos princípios. O resultado é uma inanidade grotesca.
Exagerando os dados narrativos de base, o filme caracteriza-se por usar planos muito curtos, 5-10 segundos no máximo, o que faz dele um fraco vídeo-clip de que não tem o ritmo nem a inspiração dos melhores. E é assim que os paradoxos temporais resultantes da viagem no tempo nos chegam, sem interesse, quase caricaturais na sua reciclagem infeliz mesmo se em função do "dia do julgamento".
Arnold Schwarzenegger empresta a sua figura no cinema, muito ligada a estes filmes, àquilo que de aproveitável existir nas personagens apanhadas na vertigem da viagem no tempo. Mas apesar dele e da ironia que a sua personagem introduz o resultado é muito fraco, confrangedor.
A mim, "Exterminador: Genesys" chegou-me como uma sucessão de clarões luminosos que visam cativar e paralisar o espectador. Talvez esteja na moda mas comigo, não. Nem por sombras. E é mesmo por causa de coisas como esta que o cinema americano continua muito em baixo em prestígio e qualidade: pirotecnia e efeitos especiais sem ideias de cinema. Talvez como jogo de vídeo, o que já foi feito.
Pelo menos James Cameron era, na altura dos seus dois filmes, um cineasta estimável. Se me quiserem procurar, não, não estou aqui.
Pelo menos James Cameron era, na altura dos seus dois filmes, um cineasta estimável. Se me quiserem procurar, não, não estou aqui.
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