"Money Monster", de Jodie Foster (2016), tem George Clooney como co-produtor, o que significa, sem desvalorizar a primeira, uma segunda assinatura a valorizar. Com argumento de de Jamie Linden, Alan DiFiore e Jim Kouf a partir de história dos dois últimos, surge como um filme da maior actualidade e do maior interessa.
Sobre um programa televisivo que se ocupa do mercado bolsista, apresentado por Lee Gates/George Clooney e realizado por Patty Fenn/Julia Roberts, a acção é desencadeada quando um espectador, Kyle Budwell/Jack O'Connell, que se julga prejudicado pelos conselhos do apresentador, invade o estúdio e, em directo, o toma como refém para obter explicações sobre os seus conselhos que o levaram a perder 60 mil dólares.
Há o dono da empresa em causa, Walt CambyDominic West, que está ausente, e a sua assistente, Diane Lester/Caitriona Balfe, que acaba por trabalhar para o desmascarar naquilo que é apresentado como uma "falha" do sistema. Mas há sobretudo o facto de que tudo é transmitido em directo por um canal de televisão de grande audiência e que o filme inclui os esforços da polícia por neutralisar o espectador revoltado e armado.
"Money Monster" recupera assim de forma superior o discurso liberal americano, de forma tal que mobiliza muita gente, espectadores de televisão, em volta dos acontecimentos e amplia a importância de tudo o que ali está em causa.
Com uma realização inteligente, que leva o filme em tensão crescente, e
grandes actores - é um verdadeiro prazer ver Clooney e Roberts a
contracenarem de novo -, aqui encontramos parte dos motivos de
insatisfação dos americanos, aquela parte sobre a qual todos poderão
estar de acordo. Num filme que é de maneira essencial sobre a própria
televisão e sobre a sua maior actualidade, crítico em surdina e declaradamente, em que um subtexto ("business as usual") deve ser devidamente atendido.
Jodie Foster mostra aqui de novo, depois de "Mentes que Brilham"/"Little Man Tate" (1991), "Fim-de-Semana em Família"/"Home for the Holidays" (1995) e "O Castor"/"The Beaver" (2011), a grande cineasta que, além de grande actriz, é. Achei piada àqueles que, na crítica de cjnema portuguesa, consideraram "Money Monster" um filme ambíguo.
Jodie Foster mostra aqui de novo, depois de "Mentes que Brilham"/"Little Man Tate" (1991), "Fim-de-Semana em Família"/"Home for the Holidays" (1995) e "O Castor"/"The Beaver" (2011), a grande cineasta que, além de grande actriz, é. Achei piada àqueles que, na crítica de cjnema portuguesa, consideraram "Money Monster" um filme ambíguo.
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