O Arte transmitu na passada segunda-feira, 30 de Maio, a trilogia do escocês Bill Douglas composta por "My Childhood" (1972), "My Ain Folk" (1973) e "My Way Home" (1978), que marcou uma época.
Inédita em Portugal, salvo na Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, esta é uma trilogia que todos devem conhecer, uma referência fundamental do cinema dos anos 70. O seu autor, também argumentista, que morreu precocemente, traça aí o retrato de Jamie/Stephen Archibald, desde os anos da Guerra até à sua ida para o serviço militar, empurrado entre pais e avós e procurando aguentar-se mesmo assim com a cumplicidade de Tommy/Hughie Restorick, nos dois primeiros filmes, acompanhado por Robert/Joseph Blatchley no último.
Passado numa aldeia mineira na Escócia, a Newcraighall natal do cineasta, com o final rodado no Cairo, e filmada num intransigente preto e branco, esta trilogia tem, em especial nos dois primeiros filmes, um uso quase fotográfico da fotografia e toda ela uma excelente construção narrativa e fílmica, elíptica e convocando permanentemente o fora-de-campo. Ao exigir a participação do espectador Bill Douglas é aqui profundamente moderno.
Bill Douglas, que fez ainda "Comrades" (1986), é uma referência fundamental graças a esta trilogia em especial, com um estilo que tira todo o partido da linguagem do cinema para tratar uma época e um local pouco vistos no cinema.
Passado numa aldeia mineira na Escócia, a Newcraighall natal do cineasta, com o final rodado no Cairo, e filmada num intransigente preto e branco, esta trilogia tem, em especial nos dois primeiros filmes, um uso quase fotográfico da fotografia e toda ela uma excelente construção narrativa e fílmica, elíptica e convocando permanentemente o fora-de-campo. Ao exigir a participação do espectador Bill Douglas é aqui profundamente moderno.
Bill Douglas, que fez ainda "Comrades" (1986), é uma referência fundamental graças a esta trilogia em especial, com um estilo que tira todo o partido da linguagem do cinema para tratar uma época e um local pouco vistos no cinema.
É por causa de coisas como esta que eu continuo a ver e recomendar o Arte, uma verdadeira alternativa a uma boa cinemateca.
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