“Um não sei quê, que nasce não sei onde,/Vem não sei como, e dói não sei porquê.” Luís de Camões

"Na dor lida sentem bem,/Não as duas que êle teve,/Mas só a que êles não têm." Fernando Pessoa

"Lividos astros,/Soidões lacustres.../Lemes e mastros.../E os alabastros/Dos balaustres!" Camilo Pessanha

"E eu estou feliz ainda./Mas faz-se tarde/e sei que é tempo de continuar." Helder Macedo

"Conchas, pedrinhas, pedacinhos de ossos..." Camilo Pessanha

“Vem, vagamente,/Vem, levemente,/Vem sozinha, solene, com as mãos caídas/Ao teu lado, vem” Álvaro de Campos

"Chove nela graça tanta/que dá graça à fermosura;/vai fermosa, e não segura." Luís de Camões

sábado, 25 de junho de 2016

Salve Maria

    Das três Marias dos anos 70 portugueses a minha preferida sempre foi a Velho da Costa. No entanto, é da Teresa Horta o extraordinário livro de poesia "Anunciações - Um romance" (Lisboa: Dom Quixote, 2016), que acaba de ser publicado.
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      Prefiro esquecer o tempo em que, ainda nos anos 60, a comecei a ler. Prefiro esquecer mas não esqueço. Um tempo melhor do que este? Um tempo diferente, em qualquer caso. Entre o entretecer do acaso e o vislumbre do tempo, num ano de novos poetas que se afirmam e confirmam, como Daniel Jonas, eu vou por ela, que vivamente vos aconselho. Entre Maria e o anjo, "...com a chave da poesia".
     "Até onde me levas?
      Até onde...
      Até quando ardendo
      nos perdemos?
      Oh desmesura
      de vulcão e ermos!"
      ("Até onde?", página 155)

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