Estão neste momento patentes em Lisboa duas importantes exposições comemorativas, para as quais me permito aqui chamar a atenção.
Para comemorar os seus 30 anos de existência, o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian organizou no seu espaço a exposição "Sob o Signo de Amadeo. Um Século de Arte". Com curadoria de Isabel Carlos, Ana Vasconcelos, Leonor Nazaré, Patrícia Rosas e Rita Fabiana, aí estão em exibição obras de um grande número de artistas modernos portugueses e de alguns estrangeiros, o que torna esta exposição representativa do melhor da arte moderna e contemporânea portuguesa, e também internacional.
O valioso catálogo "100 Obras da Colecção do CAM" (2010), com a participação de uma nova geração de investigadores de História da Arte, permite, para já, um melhor acesso a uma mostra muito significativa, sobretudo enriquecida pela vasta secção dedicada à obra de Amadeo de Souza-Cardoso, muito completa, variada e modelar, apresentada mesmo como o seu acervo completo, que permite avaliar com justeza e em toda a sua extensão o seu papel fundador no modernismo português e o seu lugar de destaque na arte do Século XX. Um importante ciclo de conferências completa esta exposição, patente até 19 de Janeiro de 2014.
Por sua vez, para a comemoração dos seus 20 anos, a Culturgest organizou a exposição "O sentido da deriva", em que apresenta obras de arte moderna de diversos tipos e em diferentes suportes pertença da Colecção da Caixa Geral de Depósitos. Nesta exposição que, com curadoria de Bruno Marchand, inclui obras de nomes muito significativos da arte pós-moderna, destaco, ao fundo do espaço à esquerda do visitante quando entra, uma série de 10 fotografias a preto e branco de Jorge Molder intitulada "Inox", provas de gelatina sal de prata, de 1995, que por si só justifica a visita.
Esta exposição, patente na Culturgest até 11 de Janeiro de 2014, tem muitos outros grandes nomes da arte contemporânea portuguesa e inclui um núcleo expositivo no Porto. Além disso, a Livraria da Culturgest em Lisboa merece também uma visita atenta.
Pela sua variedade e pertinência, estas são duas exposições muito recomendáveis, que assinalam neste momento de maneira especial um panorama museográfico habitualmente interessante como é o lisboeta. Pelas efemérides respectivas e pela qualidade da respectiva comemoração felicito o CAM e a Culturgest. (Créditos fotográficos Colecção do CAM/FCG e Soraia Silva.)
Pela sua variedade e pertinência, estas são duas exposições muito recomendáveis, que assinalam neste momento de maneira especial um panorama museográfico habitualmente interessante como é o lisboeta. Pelas efemérides respectivas e pela qualidade da respectiva comemoração felicito o CAM e a Culturgest. (Créditos fotográficos Colecção do CAM/FCG e Soraia Silva.)
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