No prosseguimento de uma obra que dedica grande atenção à história do cinema português, Manuel Mozos dirigiu a curta "A Glória de Fazer Cinema em Portugal" (2015), um documentário baseado em imagens de arquivo em especial do final dos anos 20 do século passado.
Escrito por Eduardo Brito, o filme centra-se no poeta e escritor José Régio (1901-1969) e em Vila do Conde, onde ele nasceu, viveu e morreu, trazendo para primeiro plano o seu interesse pelo cinema que esteve na origem de uma intervenção muito importante no sentido da sua defesa como arte, o que se conhecia, mas também da sua vontade de o fazer, o que não se sabia e agora se fica a saber.
"A Glória de Fazer Cinema em Portugl" de Manuel Mozos vale sobretudo como documento sobre uma época e sobre um homem que não teve receio em se imiscuir num meio então novo e fascinante, em que só os melhores se atreveram. Acabou por se encontrar com Manoel de Oliveira, e então é uma outra história, a de toda uma geração que se reuniu, no segundo modernismo português, em volta da revista Presença.
Louve-se no filme a investigação e o propósito de quem não trata o cinema como espectáculo mas como meio, como linguagem e como arte. Hoje como então é preciso não ter medo da arte do cinema.
Mas ao centrar-se em Régio, cuja amizade com Manoel de Oliveira veio a ter consequências maiores na obra deste, enriquece o nosso conhecimento não só do cinema português mas sobre este nome maior da literatura portuguesa do Século XX (sobre Manuel Mozos ver "Tempo português", de 12 de Abril de 2015, e "Toda uma vida", de 24 de Maio de 2015).
Mas ao centrar-se em Régio, cuja amizade com Manoel de Oliveira veio a ter consequências maiores na obra deste, enriquece o nosso conhecimento não só do cinema português mas sobre este nome maior da literatura portuguesa do Século XX (sobre Manuel Mozos ver "Tempo português", de 12 de Abril de 2015, e "Toda uma vida", de 24 de Maio de 2015).
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