Foi um nome muito importante da crítica cinematográfica na viragem moderna dos anos 50/60 do Século XX. Autora de "The Contemporany Cinema" com edição da Penguin em 1963 (edição portuguesa "O Cinema Contemporâneo", com tradução de José Vaz Pereira, Lisboa, Ulisseia, s/d), um dos meus primeiros livros de cinema, aí me confirmou na importância dos clássicos e dos primeiros modernos, americanos e italianos, e na atenção aos novos, grandes modernos que então emergiam - Bresson, Antonioni, Bergman, Satjajit Ray, Anderson, Richardson e o free cinema inglês, Resnais, Godard e a nouvelle vague feancesa, Mekas, Cassavetes e o new american cinema.
Figura fundamental da crítica cinematográfica em língua inglesa, esteve nas revistas Sequence e, como editora, na Sight & Sound, também no British Film Institute, e em tudo o que então escreveu deixou a marca pessoal de um pensamento muito atento e bem informado, independente e inteligente sobre o cinema que amava. Penelope Houston teve em Inglaterra o papel que André Bazin e Henri Langlois tiveram em França.
Neste país por razões que me excedem muito ligado à crítica cinematográfica em língua francesa, pelo menos eu a recordo e evoco neste momento para elogiar o seu pensamento, a sua actividade e a sua influência, fecunda e muito benéfica para o cinema.
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