“Um não sei quê, que nasce não sei onde,/Vem não sei como, e dói não sei porquê.” Luís de Camões

"Na dor lida sentem bem,/Não as duas que êle teve,/Mas só a que êles não têm." Fernando Pessoa

"Lividos astros,/Soidões lacustres.../Lemes e mastros.../E os alabastros/Dos balaustres!" Camilo Pessanha

"E eu estou feliz ainda./Mas faz-se tarde/e sei que é tempo de continuar." Helder Macedo

"Conchas, pedrinhas, pedacinhos de ossos..." Camilo Pessanha

“Vem, vagamente,/Vem, levemente,/Vem sozinha, solene, com as mãos caídas/Ao teu lado, vem” Álvaro de Campos

"Chove nela graça tanta/que dá graça à fermosura;/vai fermosa, e não segura." Luís de Camões

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Penelope Houston (1927-2015)

    Foi um nome muito importante da crítica cinematográfica na viragem moderna dos anos 50/60 do Século XX. Autora de "The Contemporany Cinema" com edição da Penguin em 1963 (edição portuguesa "O Cinema Contemporâneo", com tradução de José Vaz Pereira, Lisboa, Ulisseia, s/d), um dos meus primeiros livros de cinema, aí me confirmou na importância dos clássicos e dos primeiros modernos, americanos e italianos, e na atenção aos novos, grandes modernos que então emergiam - Bresson, Antonioni, Bergman, Satjajit Ray, Anderson, Richardson e o free cinema inglês, Resnais, Godard e a nouvelle vague feancesa, Mekas, Cassavetes e o new american cinema.
                                     
    Figura fundamental da crítica cinematográfica em língua inglesa, esteve nas revistas Sequence e, como editora, na Sight & Sound, também no British Film Institute, e em tudo o que então escreveu deixou a marca pessoal de um pensamento muito atento e bem informado, independente e inteligente sobre o cinema que amava. Penelope Houston teve em Inglaterra o papel que André Bazin e Henri Langlois tiveram em França.
   Neste país por razões que me excedem muito ligado à crítica cinematográfica em língua francesa, pelo menos eu a recordo e evoco neste momento para elogiar o seu pensamento, a sua actividade e a sua influência, fecunda e muito benéfica para o cinema.    

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