O mais recente filme do veterano Jonathan Demme, "Ricki e os Flash"/"Ricki and the Flash" (2015), não surpreende nem agrada em especial, embora não desmereça de todo na obra do autor de "O Silêncio dos Inocentes"/"The Silence of the Lambs" (1991) e "Filadélfia"/"Philadelphia" (1993). Veículo para uma Meryl Streep sexagenária no papel do título, conta com o aliciante da participação da filha da actriz, Mamie Gummer, no papel de Julie, a filha de Ricki.
A protagonista dedica-se com a sua banda a concertos de música rock como instrumentista e vocalista quando é chamada pelo ex-marido, Pete/Kevin Kline, por causa do divórcio de Julie e das suas consequências para ela, o que vai ser ocasião para Ricki reencontrar também os dois outros filhos, Josh/Sebastian Stan e Adam/Nick Westrate, e para conhecer a nova mulher de Pete, Maureen/Audra McDonald.
Pese embora o bom trabalho dos actores principais, tudo narrativamente decorre no maior conformismo, contra o pretenso inconformismo de Ricki, que apesar de tudo por contraste se afirma. Mas torna-se previsível e por isso menos interessante a partir do momento em que os contrastes, que funcionam por clichés até nos diálogos, são estabelecidos. E o final, com o casamento de Josh, faz dela "a mãe do noivo" - alusão ao fiilme de Vincente Minnelli "O Pai da Noiva"/"The Father of the Bride" (1950), com Spencer Tracy e Elizabeth Taylor - para tornar tudo mais redondo e bem comportado.
Mesmo assim o filme tem o mérito de encenar vidas americanas, e desse ponto de vista torna-se um melodrama razoável embora muito aquém do melhor que no género se faz para televisão. Apesar de Greg/Rick Springfield, que a acompanha na banda e é seu namorado, mas também por causa dele, percebe-se que este "Ricki e os Flash" tinha mais hipóteses como musical, lado que, apesar das boas músicas que inclui, não explora.
Jonathan Demme mostra mais uma vez que é um bom realizador, capaz de pegar em qualquer material sem o estragar, mas este filme fica como mera curiosidade na sua obra. E fica-se sobretudo com curiosidade quanto aos documentários que nos últimos anos ele tem feito.
A protagonista dedica-se com a sua banda a concertos de música rock como instrumentista e vocalista quando é chamada pelo ex-marido, Pete/Kevin Kline, por causa do divórcio de Julie e das suas consequências para ela, o que vai ser ocasião para Ricki reencontrar também os dois outros filhos, Josh/Sebastian Stan e Adam/Nick Westrate, e para conhecer a nova mulher de Pete, Maureen/Audra McDonald.
Pese embora o bom trabalho dos actores principais, tudo narrativamente decorre no maior conformismo, contra o pretenso inconformismo de Ricki, que apesar de tudo por contraste se afirma. Mas torna-se previsível e por isso menos interessante a partir do momento em que os contrastes, que funcionam por clichés até nos diálogos, são estabelecidos. E o final, com o casamento de Josh, faz dela "a mãe do noivo" - alusão ao fiilme de Vincente Minnelli "O Pai da Noiva"/"The Father of the Bride" (1950), com Spencer Tracy e Elizabeth Taylor - para tornar tudo mais redondo e bem comportado.
Mesmo assim o filme tem o mérito de encenar vidas americanas, e desse ponto de vista torna-se um melodrama razoável embora muito aquém do melhor que no género se faz para televisão. Apesar de Greg/Rick Springfield, que a acompanha na banda e é seu namorado, mas também por causa dele, percebe-se que este "Ricki e os Flash" tinha mais hipóteses como musical, lado que, apesar das boas músicas que inclui, não explora.
Jonathan Demme mostra mais uma vez que é um bom realizador, capaz de pegar em qualquer material sem o estragar, mas este filme fica como mera curiosidade na sua obra. E fica-se sobretudo com curiosidade quanto aos documentários que nos últimos anos ele tem feito.
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