“Um não sei quê, que nasce não sei onde,/Vem não sei como, e dói não sei porquê.” Luís de Camões

"Na dor lida sentem bem,/Não as duas que êle teve,/Mas só a que êles não têm." Fernando Pessoa

"Lividos astros,/Soidões lacustres.../Lemes e mastros.../E os alabastros/Dos balaustres!" Camilo Pessanha

"E eu estou feliz ainda./Mas faz-se tarde/e sei que é tempo de continuar." Helder Macedo

"Conchas, pedrinhas, pedacinhos de ossos..." Camilo Pessanha

“Vem, vagamente,/Vem, levemente,/Vem sozinha, solene, com as mãos caídas/Ao teu lado, vem” Álvaro de Campos

"Chove nela graça tanta/que dá graça à fermosura;/vai fermosa, e não segura." Luís de Camões

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Andrzej Wajda (1926-2016)

   Depois da II Guerra Mundial, durante a qual participou na Resistência francesa, juntamente com Andrzej Munk (1921-19611) deu precocemente os primeiros sinais de um novo cinema polaco, um rumo em que seriam seguidos, entre outros, por Roman Polanski e Jerzy Skolimowski, Krzysztof Zanussi e Krzysztof Kieslovski (1941-1996).
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  Estudou pintura e cinema. Opositor do regime comunista do pós-guerra na Polónia, tornou-se inicialmente conhecido com a trilogia "Uma Geração"/"Pokolenie" (1955), "Morrer como um Homem"/"Kanal" (1957) e "Cinzas e Diamantes"/"Popiól i diament" (1958).
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   A sua filmografia extensa e variada, ficou sobretudo assinalada por "O Homem de Mármore"/"Czolwiek z marmuro" (1977) e "O Homem de Ferro"/"Czolwiek z zelaza" (1981), numa obra muito relevante em que se destacam também "Tudo à Venda"/"Wszystko na sprzedaz" (1969), "Terra Prometida"/"Ziemia obiecama" (1976) ou "A Linha de Sombra"/"Smuga cienia", baseado em Joseph Conrad (1976), "O Chefe de Orquestra"/"Dyrygent" (1980), "O Caso Danton"/"Danton" com argumento de Jean-Claude Carrière,  ou "Um Amor na Alemanha"/"Eine Liebe in Deutscland" com Hanna Schygulla (1983), "Os Possessos"/"Les possédés", com  argumento de Carrière a partir de Dostoievski (1988). 
                    
     Numa obra extensa e rica em que se destacam os filmes em que escalpelizou a sociedade polaca, os seus filmes, modernos, tinham uma força estranha e um encanto raro que lhe valeram um lugar destacado no cinema do pós-guerra. Isto digo eu a partir do que conheço de Andrzej Wajda, cujos filmes deixaram de chegar a Portugal a partir de 1992.

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