“Um não sei quê, que nasce não sei onde,/Vem não sei como, e dói não sei porquê.” Luís de Camões

"Na dor lida sentem bem,/Não as duas que êle teve,/Mas só a que êles não têm." Fernando Pessoa

"Lividos astros,/Soidões lacustres.../Lemes e mastros.../E os alabastros/Dos balaustres!" Camilo Pessanha

"E eu estou feliz ainda./Mas faz-se tarde/e sei que é tempo de continuar." Helder Macedo

"Conchas, pedrinhas, pedacinhos de ossos..." Camilo Pessanha

“Vem, vagamente,/Vem, levemente,/Vem sozinha, solene, com as mãos caídas/Ao teu lado, vem” Álvaro de Campos

"Chove nela graça tanta/que dá graça à fermosura;/vai fermosa, e não segura." Luís de Camões

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

A excepção

   Lamentavelmente, o pouco de esperança que surgiu na data da última sessão do Teatro da Cornucópia graças à intervenção pessoal do Presidente da República esfumou-se. Não está em causa, segundo declarações públicas do Ministro Castro Mendes, a criação de um regime de excepção, que no cinema existiu com Manoel de Oliveira e que a meu ver inteiramente se justificava no teatro com esta companhia de excepção. Assinado por Luís Miguel Cintra e Cristina Reis, o Teatro da Cornucópia emitiu um comunicado no seu site, aqui
http://www.teatro-cornucopia.pt/v2/ 
em que esclarece tudo. Gente de uma só palavra que até nisso é excepção.  
                      Um auto de Gil Vicente
    De posse de todos os elementos públicos sobre esta situação, cada um fará a sua apreciação e tirará a sua conclusão. Os meus respeitos ao Teatro da Cornucópia e aos seus directores neste momento final sem equívocos. Com ele é uma parte do melhor da vida de muitos, entre os quais me conto, que acaba. Acho que estes arremedos de reviravolta de última hora já estavam contidos nos autos vicentinos. Repito: até sempre meus amigos.

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