Com os filmes anteriores datados de 1996 (Brian De Palma), 2000 (John Woo), 2006 (J. J. Abrams) e 2011 (Brad Bird), "Missão Impossível: Nação Secreta"/"Mission: Impossible - Rogue Nation", de Christopher McQuarrie (2015), o mais recente desta série, devolve-nos Ethan Hunt/Tom Cruise e a sua equipa em plena acção perigosa, permanentemente à beira da catástrofe.
Desta vez é o seu chefe que afinal liderava a força inimiga, denominada Syndicate, e a equipa percorre um triângulo geográfico, entre Viena, Marrocos e Londres, cada um dos locais marcado por acção intensa: a ópera em que se representa "Turandot" de Giacomo Puccini, os subterrâneos e subaquáticos segredos e a perseguição de automóvel e de mota, o desenlace que envolve o primeiro-ministro inglês.
Está tudo muito bem concebido e conseguido num filme em que o realizador é também autor da história, com Drew Pearce (a partir da série televisiva criada por Bruce Geller), e argumentista, actividade pela qual é mais conhecido - esta é apenas a terceira experiência na realização Christopher McQuarrie e sai-se muito bem. Mas rapidamente percebemos estar perante um lugar comum do filme de espionagem - cada um dos agentes secretos do cinema enfrentou ou vai enfrentar situações semelhantes -, muito embora a ideia da equipa, do team seja original e esteja bem aproveitada narrativa e filmicamente, como é hábito .
O humor e o amor vêm condimentar este "Missão Impossível: Nação Secreta", com a equipa completa: Jeremy Renner como Brandt, Simon Pegg como Benji, Ving Rhames como Luther funcionam bem em conjunto, uns com os outros e com Ethan Hunt. Alan HunleyAlec Baldwin como director da CIA e Ilsa Faust/Rebecca Ferguson como espia inglesa por quem passa um equilíbrio difícil e a resolução de situações decisivas, Lane/Sean Harris como supervilão fazem o resto.
Percebendo embora o interesse deste tipo de filmes, sou invadido por algum cansaço e alguma saturação perante eles, que acabam por se citar uns aos outros, como se seguindo todos um itinerário há muito definido para o filme de espionagem. Mas gostei especialmente da fotografia de Robert Elswit e da sequência na ópera. E anuncia-se o sexto filme. Louve-se a iniciativa de Tom Cruise como produtor e o seu carisma pessoal como actor, aqui especialmente bem aproveitado.
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