“Um não sei quê, que nasce não sei onde,/Vem não sei como, e dói não sei porquê.” Luís de Camões

"Na dor lida sentem bem,/Não as duas que êle teve,/Mas só a que êles não têm." Fernando Pessoa

"Lividos astros,/Soidões lacustres.../Lemes e mastros.../E os alabastros/Dos balaustres!" Camilo Pessanha

"E eu estou feliz ainda./Mas faz-se tarde/e sei que é tempo de continuar." Helder Macedo

"Conchas, pedrinhas, pedacinhos de ossos..." Camilo Pessanha

“Vem, vagamente,/Vem, levemente,/Vem sozinha, solene, com as mãos caídas/Ao teu lado, vem” Álvaro de Campos

"Chove nela graça tanta/que dá graça à fermosura;/vai fermosa, e não segura." Luís de Camões

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Imprevisível

   "Eis o Admirável Mundo em Rede"/"Lo and Behold, Reveries of the Connected World" é um documentário de Werner Herzog (2016) que conta desde o seu início, ponto por ponto, a história da criação da rede e dos desenvolvimentos da robótica e da inteligência artificial.
                      eis-o-admiravel-mundo-em-rede
  Uma vez que essa é uma história que precisava de ser contada para todos é bom que tenha sido um grande cineasta a fazê-lo num documentário formalmente clássico mas que ouve os depoimentos dos envolvidos e outros interessados.
  Nas múltiplas questões que levanta em dez capítulos há aspectos muito preocupantes, como o The Dark Side da rede e outras implicações do progresso científico sobre a vida das pessoas - nomeadamente aquelas que pensam que aquela é a realidade e se esquecem do mais e do que vive em sua volta. 
                      lo-and-behold-reveries-of-the-connected-world
   À parte isso, as perspectivas de futuro são muito optimistas, a meu ver demasiado optimistas, mas pelo quadro traçado podemos perceber os contornos e a configuração daquilo que está a acontecer e do que poderá aí vir.
   Todos concordam, porém, que o futuro da rede é imprevisível. Vejam "Eis o Admirável Mundo em Rede" pois vale muito a pena a sua exploração vertiginosa conduzida pessoalmente por Werner Herzog - sobre este ver "Para doer", de 20 de Abril de 2013, e "O ruído do deserto", de 21 de Junho de 2016.

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